O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou neste domingo que seu sobrinho e a noiva dele estavam entre as vítimas fatais do ataque.
"Não poderão escapar das consequências de seus atos desprezíveis e brutais", disse Kenyata em um emotivo discurso à nação. "Castigaremos os autores intelectuais deste ataque", garantiu.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que o ataque foi um ato completamente reprovável. "Este ato premeditado, que ataca civis indefesos, é totalmente reprovável. Os autores devem ser conduzidos à justiça o quanto antes", lamentou.
Na manhã deste domingo, foi ouvido um intenso tiroteio procedente do interior do shopping, cercado pelas forças de segurança, que receberam importantes reforços e proibiram o acesso dos jornalistas. "Um número não conhecido de agressores continua no local, entre 10 e 15", havia declarado o ministro do Interior, Ole Lenku.
policiais quenianos armados com fuzis durante a operação de resgate no shopping em Nairóbi
Duas francesas, três britânicos, uma holandesa, um sul-africano, uma sul-coreana e dois indianos, além do famoso poeta ganês Kofi Awoonor, estão entre os mortos. Muitos soldados com capacetes e coletes à prova de balas, alguns com lança-granadas, estão mobilizados nos arredores do centro comercial.
Clientes e funcionários do shopping, traumatizados e presos por longas horas no estabelecimento, seguiram saindo na noite de sábado em pequenos grupos à medida que avançava a lenta e prudente operação das forças de segurança. Os feridos e os corpos das vítimas já recolhidos foram transferidos pelos serviços de emergência.
Policiais armados chegam ao centro comercial Westgate em Nairóbi
em meio ao letal tiroteio de sábado